UNIÃO
DE ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO
UNESB
CURSO
DE PSICOPEDAGOGIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
JOSEFA CORREIA DA SILVA
MARIA LUCIANA CARDOSO
FERREIRA SOARES
VIÇOSA
DEZEMBRO
2014
JOSEFA CORREIA
MARIA LUCIANA CARDOSO FERREIRA SOARES
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório
apresentado como pré-requisito para a conclusão do curso de Psicopedagogia da
União de Ensino Superior do Brasil- UNESB, orientado pela professora Fátima
Oliveira.
VIÇOSA
DEZEMBRO 2014
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho a todas as
pessoas que fizeram e fazem parte da nossa caminhada!
VIÇOSA
DEZEMBRO 2014
AGRADECIMENTO
Agradecemos a Deus por possibilitar a
realização de nossos planos e sonhos. A Ele, toda a gratidão por ser nosso pai
nos momentos de alegria, por ser o caminho nos momentos de incertezas e por ser
o refúgio nos momentos necessários. A Ti, Senhor, dedicamos essa etapa de
nossas vidas, confiando que continuarás a conduzir nossos passos em direção à
Tua vontade perfeita e soberana. Obrigada por tudo!
VIÇOSA
DEZEMBRO 2014
EPÍGRAFE
Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma
coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.
Paulo Freire
VIÇOSA/
AL
DEZEMBRO 2014
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO
Concluindo
o Estágio Supervisionado do curso de pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e
Institucional da União de Ensino Superior Brasileiro- UNESB, tendo em vista a
necessidade de uma experiência prática onde se aplicou grande parte dos
fundamentos aprendidos ao longo do curso, com os princípios teóricos e
metodológicos estudados.
O Estágio Supervisionado foi
realizado em uma escola da Rede Pública de ensino - Escola Municipal Humberto
de Alencar Castelo Branco–EMHACB, localizada no Povoado Tangil, a 11 km da cidade de
Viçosa, às margens da rodovia que liga Viçosa à cidade de Mar Vermelho, Alagoas. Esta etapa teve
iniciou no dia 29 de outubro e terminou no dia 10 de dezembro de 2014.
Período de avaliação e números de
sessões foram distribuídas da seguinte forma: Orientação para o estágio; Busca
do campo de estágio; Anamnese; Sessões lúdicas centradas na aprendizagem;
Visita à escola da criança; Aplicação de testes e atividades compondo as
sessões avaliativas; Sessões para aplicação de atividades com Intervenções; Análise
dos resultados e elaboração de relatório.
O presente relatório é composto das atividades, experiências e observações
vividas no período do Estágio Supervisionado, trabalho este que foi embasado
nas teorias de vários estudiosos como: Fernandez, Moojen, Sara Pain, entre outros.
Anexados neste trabalho encontram-se as referências, assim como também, as
atividades realizadas com a criança observada.
Colocar
em prática os conhecimentos adquiridos nos possibilitou um grande aprendizado,
pois o trabalho com a criança, a visita à escola, a conversa com a professora,
com diretora e com outras pessoas que acompanham a criança ‘’estudada’’ nos
permitiu, enquanto estagiários, o contato com o ambiente, e a consciência da
importância do trabalho desenvolvido.
2 - REFERENCIAL
TEÓRICO
O
interesse por este assunto surgiu a partir da observação da turma do 1º ano do
ensino fundamental da Escola Municipal Humberto de Alencar Castelo Branco. Os
alunos matriculados na referida escola são espertos, ativos, curiosos, alguns
são indisciplinados e rebeldes, porém, um em especial, se destacou dos
demais. O aluno M é uma criança
elétrica, não respeita regras, não realiza tarefas, interrompe a explicação da
professora Girlene, atrapalha seus colegas de realizarem suas atividades em
sala e incomoda na hora das brincadeiras.
Partindo
do princípio de que o professor e a escola tem o papel fundamental na vida da
criança, procuramos desenvolver um trabalho que pudesse desmistificar a
incapacidade do referido aluno em aprender. Por diversas vezes o aluno citado
foi rotulado pelos colegas de sala de ‘’mal educado’’, ‘’danado’’, ‘’chato’’.
Os pais, por sua vez, dizem que o filho é vítima dos colegas e que o mesmo é
‘’doente’’ e isso dificulta o trabalho da professora, pois os pais jogam sobre
ela a difícil tarefa de fazer com que seu filho seja ‘’abraçado’’ pelos
colegas.
Observando
o aluno M, foi possível perceber que o mesmo ‘’sofre’’ de alguma carência
afetiva, assim como também, falta de limites e um pouco de transtorno (TDA/H).
A partir daí ficamos curiosas e resolvemos trabalhar o assunto TDAH (
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade). Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade é uma dificuldade de aprendizagem e costuma aparecer, em
geral, na primeira infância, por volta dos 7 anos de idade. É uma doença que
não tem cura, todavia, vários pontos precisam ser considerados e só poderá ser
diagnosticada por um especialista.
Sabe-se que TDAH é um termo que
começou a ser usado na década de 60 e até hoje, muitas vezes é confundido por
pais e professores como uma simples desatenção das crianças em sala de aula.
Mas a dificuldade de aprendizagem refere-se a um distúrbio que pode ser gerado
por problemas cognitivos ou emocionais e que poderá afetar o desempenho
escolar.
É sabido que, na maioria dos casos, o professor é o
primeiro a identificar que a criança está com alguma dificuldade, mas os pais e
demais membros da família devem ficar atentos ao desenvolvimento e ao
comportamento da mesma. Segundo especialistas, as crianças com
dificuldades de aprendizagem podem apresentar desde cedo um maior atraso no
desenvolvimento da fala e dos movimentos do que as crianças que são
consideradas “normais”.
Faz-se necessário que os pais
tenham um maior cuidado para não confundir o desenvolvimento normal com a dificuldade
de aprender. Não existe um 'padrão' de desenvolvimento. Portanto é sempre muito
importante que os pais respeitem o desenvolvimento geral da criança. Nesta fase
o professor torna-se um grande aliado dos pais.
Para Weiss (2000), a prática
psicopedagógica deve considerar o sujeito como um ser global, composto pelos
aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e pedagógico.
O aspecto orgânico diz respeito à
construção biológica do sujeito, portanto, a dificuldade de aprender de causa
orgânica estaria relacionada ao corpo. O aspecto cognitivo está
relacionado ao funcionamento das estruturas cognitivas. Nesse caso, o problema
de aprendizagem estaria nas estruturas do pensamento do sujeito. Por exemplo,
uma criança estar no estágio pré-operatório e as atividades escolares exigirem
que ela esteja no estágio operatório-concreto. O aspecto afetivo diz respeito à
afetividade do sujeito e de sua relação com o aprender, com o desejo de
aprender, pois o indivíduo pode não conseguir estabelecer um vínculo positivo
com a aprendizagem. O aspecto social refere-se à relação do sujeito com a
família, com a sociedade, seu contexto social e cultural. E, portanto, um aluno
pode não aprender porque apresenta privação cultural em relação ao contexto
escolar. Por último, o aspecto pedagógico, que está relacionado à forma como a
escola organiza o seu trabalho, ou seja, o método, a avaliação, os conteúdos, a
forma de ministrar a aula, entre outros.
Já Pain (1992, p. 32) destaca
que, na concepção de Freud, os problemas de aprendizagem não são erros: “...
são perturbações produzidas durante a aquisição e não nos mecanismos de
conservação e disponibilidade...”; é necessário procurar compreender os
problemas de aprendizagem não sobre o que se está fazendo, mas sim sobre como
se está fazendo.
Crianças com dificuldades de aprendizagem
normalmente apresentam desmotivação e incômodo com as tarefas escolares gerados
por um sentimento de incapacidade, que leva à frustração. Moojen (1999) afirma
que, ao lado do pequeno grupo de crianças que apresenta Transtornos de
Aprendizagem decorrente de imaturidade do desenvolvimento, existe um grupo
muito maior de crianças que apresenta baixo rendimento escolar em decorrência
de fatores isolados ou em interação. As alterações apresentadas por esse
contingente maior de alunos poderiam ser designadas como “dificuldades de
aprendizagem”. Participariam dessa conceituação os atrasos no desempenho
escolar por falta de interesse, perturbação emocional inadequação metodológica
ou mudança no padrão de exigência da escola, ou seja, alterações evolutivas
normais que foram consideradas no passado como alterações patológicas.
Geralmente
quando for relacionado a um sintoma, o não aprender possui um significado
inconsciente; quando relacionado a uma inibição, trata-se de uma retração
intelectual do ego, ocorrendo uma diminuição das funções cognitivas que acaba
por acarretar os problemas para aprender. Fatores orgânicos: relacionados com
aspectos do funcionamento anatômico, como o funcionamento dos órgãos dos sentidos e do sistema
nervoso central;. Fatores específicos: relacionados às dificuldades específicas
do indivíduo, os quais não são passíveis de constatação orgânica, mas que se
manifestam na área da linguagem ou na organização temporal, espacial, e outros.
Fernández (1991) considerava as dificuldades
da criança como “fraturas” no processo de aprendizagem, onde necessariamente
estão em jogo quatro níveis: o corpo, a inteligência, o organismo, e o desejo.
Ainda segundo a autora, seria o resultado da anulação das capacidades das
possibilidades de aprendizagem de um indivíduo, utilizando o termo inteligência aprisionada. Para a
autora a origem das dificuldades e problemas de aprendizagem nãotem a ver
apenas com a estrutura da criança, mas também com o meio no qual a criança está
inserida, ou seja, no seio familiar.
A criança
que sofre de auto-estima baixa, sente o distanciamento de todos, não consegue
um rendimento escolar satisfatório, seus problemas emocionais aumentam, o que
gera uma confusão interior. Como esse problema é um assunto que pouco afeta a
quem está ao seu redor, esse comportamento termina passando despercebido e,
assim, a criança deixa de receber os devidos cuidados da parte de seus
responsáveis..
A vida escolar de uma criança tem
papel fundamental na formação de suas percepções. Por isso, crianças com dificuldades
de aprendizagem apresentam um risco elevado de formularem um autoconceito
negativo em relação ao seu desempenho na escola. É preciso destacar, também, os
problemas de se viver em outros ambientes sociais, que não seja a família e a
escola. Crianças com problemas de socialização sentem dificuldades em fazer
amigos, se sentem sozinhas e pouco amadas.
É preciso que os psicopedagogos
tenham um olhar diferenciado para poder estudar a causa, tratar e acolher as
crianças com essas dificuldades, procurando entender o máximo possível as
necessidades e carências e como acontece a aprendizagem com essas crianças.
Diante de tudo o que foi
observado, é possível também certificar o trabalho do professor, se o mesmo se
comprometeu em trabalhar de uma maneira diversificada, tentando minimizar as
dificuldades de aprendizagem que a criança apresenta. Para que haja
aprendizagem será necessário que dois sujeitos estejam envolvidos: professor e
aluno e o psicopedagogo para orientar o trabalho
2.1-
IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
Nome:
Escola
Municipal Humberto de Alencar Castelo Branco
Endereço:
Povoado
Tangil, s/n
CEP:
57.700.000
Bairro:
Zona Rural
Rede:
Municipal
Cidade:
Viçosa
Estado:
Alagoas
Direção:
Juliana
Tamires Soares Santana
Coordenadora
Pedagógica: Cristiane Cardoso
3
Professores
1
Secretária
3
Apoio
MODALIDADES
·
Educação Infantil (20 alunos):
·
1º ano (13 alunos):
·
2º ano (13 alunos):
·
Mais Educação (19 alunos):
·
EJA (20 alunos).
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Matutino – 08:00
às 12:00
Vespertino – 13:00
às 17:00
Noturno – 18:00
às 22:00
2.2-
CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL
A
Escola Municipal Humberto de Alencar Castelo Branco está localizada no Povoado
Tangil a 11 km da cidade de Viçosa, às margens da rodovia que liga Viçosa à
cidade de Mar Vermelho. O povoado é formado por uma população de
aproximadamente 750 habitantes que vivem da agricultura familiar, diarista,
funcionários públicos, autônomos e alguns desempregados.
A
comunidade do Tangil teve como fundadores os moradores Doca Loureiro e Pedro
Cassiano Tenório, no início do século XX. Em 1949 o governador Silvestre Péricles
de Góes Monteiro, cria a Escola Estadual denominada de Humberto de Alencar
Castelo, que hoje pertence à rede de ensino. O povoado também é composto por
uma unidade de saúde, uma igreja católica que tem como padroeira Santa Cruz e um
templo da igreja evangélica Assembleia de Deus.
A
gestão da escola é democrática, ou seja, o gestor foi eleito pela comunidade
escolar com base na dimensão pedagógica demonstrando consciência e vontade de
melhorar o processo ensino-aprendizagem da mesma.
Em
sua parte física, a escola dispõe de 1 cozinha (com um armário, dois fogões,
dois bujões, um liquidificador, uma sanduicheira, um espremedor de laranja, um
bebedouro, uma geladeira, panelas, bacias, baldes, pratos, copos, talheres, 1
sala de leitura (duas estantes, mapas, globos, livros didáticos e paradidáticos, jogos, material dourado, livros,
vários instrumentos musicais, entre outros recursos, 2 banheiros, 1 despensa
(para colocar a merenda, diretoria com impressora, computador, TV,DVD, aparelho
de som, internet, 2 salas de aula com quadros brancos, carteiras e cadeiras e 2
pátios para recreações e apresentações (um coberto e o outro sem cobertura).
Segundo
a diretora a manutenção e a conservação das instalações físicas são feitas com
recurso federal. Nos dias das observações foi constatado que a escola ainda
precisa de manutenção na parte de iluminação, instalações hidráulica e elétrica,
teto, janelas, portas, portão, enfim, há muita coisa para ser feita, porém, a
escola conta com uma gestão muito eficiente e dedicada que trabalha buscando
soluções para os problemas existentes.
3-
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
3.1-REGISTRO DA QUEIXA
O aluno
MSS está cursando o 1° ano do Ensino Fundamental, estuda no turno matutino em
uma escola da rede pública da cidade de Viçosa, Alagoas. A professora do menino
apresentou a seguinte queixa: M. tem apresentado comportamento difícil,
indisciplinado, desorganizado e, em algumas situações tem se mostrado malvado
para com seus colegas,
o que tem causado algumas
convocações dos pais à escola. Não consegue ler e escrever como um aluno da sua
idade, não faz as atividades e tem pouco interesse em melhorar a sua aprendizagem,
apesar de reconhecer os numerais e identificar as cores.
3.2-DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
REALIZADAS E AVALIAÇÃO
1ª Sessão- Dia 29 de outubro de 2014–
3h
Realizamos
a Anamnese com a mãe do aluno MSS para conhecimento da queixa e aquisição de
dados que nortearão o possível diagnóstico sobre as dificuldades de
aprendizagem do mesmo. Na coleta das informações foram levadas em consideração
as etapas do desenvolvimento do desde a gravidez até o estágio atual, bem como
os aspectos sociais, sobre as doenças na infância, linguagem, vida escolar,
sexualidade e outros que surgiram no decorrer da entrevista.
3.3 – DADOS DO ALUNO
Data de Nascimento: 11/11/ 2007
Idade na Avaliação: 7 anos
incompletos
Estabelecimento: Escola
Municipal Humberto de Alencar Castelo Branco
Série: 1° ano
Turno: Matutino
Endereço: Povoado Tangil, s/n, Viçosa- Al.
Nome:
MSS
Pai: RVS
Idade: 52 anos
Profissão: Motorista
Nacionalidade: Brasileiro
Mãe: CSS
Idade: 41 anos
Profissão: Do lar
Nacionalidade: Brasileira
Endereço: Fazenda Cachoeira, s/n, zona
rural de Viçosa/ Al.
Relatório de Anamnese com a mãe.
No dia
29/10/2014, foi realizada a anamnese do
aluno M.S.S, com o intuito de coletar informações sobre os seguintes aspectos:
antecedentes familiares, desenvolvimento infantil, desenvolvimento
sócio-afetivo e de conduta, das atividades realizadas diariamente e a queixa.
M.S.S
Nasceu em 11 de novembro de 2007, filho de R.V.S e C.S.S, reside na Fazenda
Cachoeira, zona rural de Viçosa, Alagoas.
Em relação à convivência familiar do
aluno, ele mora com os pais e é filho único. A queixa apresentada pela mãe do aluno
é que M.S.S tem sete anos, está cursando
o 1° ano do Ensino Fundamental, mas ainda não ler e escreve com muita dificuldade,
fala muito e tem apresentado comportamento de agitação, é muito comunicativo
tanto em casa como fora dela.e que às vezes as pessoas até se irritam com ele porque
o mesmo fala demais. Esse comportamento tem causado alguns aborrecimentos aos
pais, quando eles são convidados, pela direção, a comparecerem na escola.
Quanto à sociabilidade do aluno ele quase não
faz amigos e quando ele consegue algum, este tem sempre uma idade muito
diferente da dele, ou o amigo é muito novo, fato este que vale ressaltar pois o
aluno gosta de controlar os ‘’colegas’’ menores ou então o novo amigo é muito
mais velho e isso faz com que o aluno MSS se sinta importante por fazer parte
do grupo dos maiores. Durante sua gestação, ocorreu tudo bem entre seus pais.
Não houve problemas no parto e nem pós - natal com a criança, porém o mesmo mamou
pouco devido à falta de leite da mãe, houve uma solicitação do médico para ela
continuar tentando até o leite descer e receitou uma medicação que seria
ingerida pela mãe para que pudesse amamentar o seu filho.
Teve um
bom desenvolvimento motor quando pequeno e sempre se alimentou bem. Não
apresenta dificuldades no sono. Apresenta dificuldade na leitura e escrita das
letras, porém reconhece os números e as cores básicas. Em casa, em relação às
tarefas, apresenta comportamento de lentidão.
No
relato, a mãe também diz que seu esposo, pai do aluno, é muito autoritário e que
quando recebe alguma reclamação sobre seu filho, costuma colocar o menino de
castigo e em algumas situações já chegou a bater nele.
.
Relatou também que não
gosta quando os coleguinhas de seu filho o chamam de ‘’doido’’, ‘’maluco’’ tem
muito medo que ele precise tomar remédio.
2ª Sessão- Dia 05 de novembro de 2014 – 3h
Entrevista com Girlene Almeida Soares, professora do aluno MSS.
O aluno MSS apresenta resultado em
relação à aprendizagem abaixo do esperado aos padrões da maioria do grupo etário-escolar
a que pertence.
Ele é um aluno assíduo que não demonstra interesse
pelo estudo. A mãe não acompanha o seu desenvolvimento escolar, assim como as
atividades extra classe. Começou a ficar mais organizado há pouco tempo, hoje
sua grafia está mais legível, às vezes realiza as atividades em sala, sem
autonomia, assim como as tarefas de casa.
De acordo com a professora no
decorrer do ano, o aluno apresentou dificuldades em tomar a iniciativa durante
as tarefas. Exemplo: Ao entregar a ele uma folha com atividade para ser
realizada, mesmo sendo capaz de fazer, e com a professora explicando à frente
da sala, sempre se dizia incapaz e sempre aguarda que alguém lhe oriente de
maneira individual. No início do ano apresentou tiques com as mãos, estes só
aumentaram com o passar do tempo.
Apesar de relatar oralmente sobre o que fala o
texto, o aluno apresenta dificuldades na localização de informações simples
quando são formuladas perguntas em relação a estes textos. Apresenta
dificuldades no raciocínio lógico, na realização de operações e na elaboração
de situações problema. Possui uma boa audição e ritmo musical, acompanha e
guarda com facilidade letras de músicas. É capaz de realizar atividades psicomotoras,
tais como: pular corda, virar cambalhota, etc.
A professora falou que procura,
sempre que possível, adaptar algumas tarefas para amenizar as dificuldades do
aluno, evita o barulho na sala e procura deixá-lo longe das janelas ou da
porta, visto que o movimento tira a atenção e causa distração. Ela ainda
complementa que MSS senta na primeira carteira, próximo a ela, porém se
desconcentra com facilidade, se ligando a detalhes que não fazem parte do
contexto da aula ou mexendo com mãos, braços, pernas e com alguns objetos
pessoais. Sempre é necessário chamar a sua atenção para o assunto da aula.
Para resumir o relato a
professora concluiu dizendo que o aluno MSS é uma criança que não se relaciona
bem com os colegas da sala e da escola, da mesma forma com os adultos, desrespeitando-os
e tratando a todos, de certo modo, grosseiramente.
3ª Sessão- Dia 12 de novembro de 2014
O aluno
chegou à escola mais cedo e foi direto a sala guardar sua bolsa. Lá ele nos
encontrou e, juntos, nos dirigimos até a sala de leitura para iniciar o
trabalho com o mesmo. Chegando à
sala de leitura o aluno percebeu que já se encontrava alguns materiais de uso
escolar como lápis, papéis, lápis de cor, pincéis hidrocores, tinta guache,
massa de modelar, e outros. Havia também brinquedos de montar (de encaixe
plástico e quebra- cabeça), alfabeto móvel, jogos como dama, xadrez e dominó.
A
princípio ele ficou meio parado observando e ao mesmo tempo fascinado
pelos materiais expostos. Apesar do encantamento demorou a tocá-los. Perguntamos
o que ele gostava de fazer, quais materiais ele gostaria de usar. Ele
respondeu que gostaria de pegar lápis marrom e papel de cor branca para desenhar. Foi pedido ao
aluno que o mesmo desenhasse a sua família, aí ele falou que adorava desenhar
as pessoas da família.
Num segundo momento pedimos que o aluno representasse por meio de desenho
a escola que o mesmo estuda. Para este desenho o aluno usou cores fortes: azul
escuro, laranja e preto. Durante o momento da execução da atividade
verificou-se o pouco tempo para brincar, queria usar o lápis para desenhar em
todas as folhas que estavam ao seu alcance, pedia posso desenhar mais? Também
apresentou sinal característico de criança sem limites e que não respeita o que
foi combinado anteriormente.
Durante
a sessão o aluno tocou em vários os objetos à mostra, utilizou poucos; manteve
uma estrutura desorganizada dos materiais, porém, seu desenho ficou lindo.
Manteve-se concentrado ao realizar a atividade, falou o tempo todo e solicitou
a participação das estagiárias. Depois de fazer o desenho e pintá-lo, deixou
todos os materiais espalhados. Expressou que queria levar o desenho para casa
para mostrá-lo à mãe e o pai. O aluno levou o desenho e trouxe na aula
seguinte.
4ª Sessão- Dia 19 de novembro de 2014
O aluno chegou muito animado e se mostrando muito
curioso sobre o trabalho que seria realizado naquele dia. Pouco depois da
chegada o mesmo se envolveu em uma briga com alunos menores e, a partir daí,
iniciamos o nosso trabalho. Levamos o mesmo para a sala de leitura e conversamos
sobre violência, perguntamos se ele achava certo brigar, bater nos colegas e se
ele tinha percebido que as crianças eram menores do que ele, se ele gostaria de
apanhar e, para a nossa surpresa, ele falou com a maior naturalidade que batia
nos colegas porque em sua casa ele sempre via o pai bater na mãe. Com este
relato e a anamnese feita com a mãe, foi possível perceber que a violência faz
parte da vida desta criança.
Para
‘’quebrar o gelo’’ começamos a falar sobre como ele gostaria que fosse a escola
e seus colegas e mais uma vez o aluno MSS falou que os colegas são mal
educados, que gritam muito, que atrapalham a professora e ele gostaria que os
colegas fizessem silêncio na hora da oração e do hino. Com relação à escola ele
nos falou que queria um parque para brincar na hora do recreio, com balanço e
‘’escorrega-escorrega’’. Falamos também sobre como o aluno vai à escola e ele
falou que vai no ônibus do Cícero da Olga e assim como fez o desenho da escola,
ele fez o do transporte.
5ª Sessão Dia 26 de novembro de 2014
Fomos
à escola fazer uma visita para observação da rotina escolar do aluno MSS. Observamos
que o mesmo já desce do ônibus gritando e empurrando os colegas e por este
motivo a professora precisou chamar a sua atenção. Foi observado também que aluno
chegou à escola usando roupas limpas e bem alimentado. Guardou o material na
sala e dirigiu-se ao pátio onde ocorre diariamente uma acolhida coletiva. O menino
não para um minuto sequer, demonstra muita agitação e só se contenta quando faz
alguém chorar.
Durante o recreio ele
fica todo o tempo em pé, mastiga rápido para terminar logo e poder correr para
as brincadeiras no pátio. O tempo do recreio termina e é preciso ir
buscá-lo.para retornar às atividades de sala, O aluno MSS demonstra, em raros
momentos, afeto pela professora, porém continua com um comportamento crítico.
Ele disse ainda que não gosta da escola, não gosta de estudar, não
gosta de tarefa e só gosta de desenhar.
Foi
possível perceber que o mesmo apresenta um comportamento muito ativo, se mexe o
tempo todo, incomodando toda a turma. Em relação à escrita, se mostrou lento na
hora de escrever, letra ilegível, escrita desorganizada, traços fortes, não tem
organização geral da folha, não possui orientação espacial, nem organização de
texto, pois não observa a margem. O espaço que dá entre as linhas, palavras e
letras é mínimo e liga as letras de forma inadequada.
Aproveitamos
o fato de que a professora estava falando nas formas geométricas e fizemos uma
atividade para que ele pudesse identificar e pintar de acordo com o que se
pede.
6ª Sessão Dia 03 de dezembro de 2014
Realizamos
uma atividade com pintura para que o aluno pudesse conhecer as cores,
identificá-las e continuar a sequência.
Em
outro momento, antes de realizarmos esta atividade, nós fomos informadas das
dificuldades que o aluno tem em relação à percepção, riqueza de detalhes,
classificação de cores, concentração e atenção.
Foi
trabalhado o reconhecimento das cores com lápis de cores. Foi trabalhado o
reconhecimento relacionando-as aos objetos expostos na mesa. Durante a
atividade citada, a criança não completou a primeira sequência corretamente,
porém durante a segunda ele prestou mais atenção e acertou toda a sequência.
Percebido que o aluno tem dificuldades de aprendizagem devido
ao mau comportamento, pois sabemos que o mesmo está no 1º ano do ensino
fundamental e ainda não sabe ler e desconhece algumas letras. Sabemos também
que os alunos que estão cursando o 1° ano, quase todos, no final do ano já
estão lendo ou quase lendo.
Para formulação do diagnóstico
foram utilizados os seguintes instrumentos avaliativos: anamnese com a mãe,
entrevista com a professora, conversa com o aluno, atividades com o aluno,
visita a escola, aplicação de algumas provas de discriminação visual, auditiva,
prova de esquema corporal e de lateralidade, atividade de coordenação motora
fina e reconhecimento das cores e números.
7ª Sessão Dia 10 de dezembro de 2014
Depois
de todo o trabalho realizado com a ajuda da mãe e da professora da referida
criança, foi possível verificar que o aluno MSS apresenta dificuldades na
leitura e escrita, tem uma boa memória visual e auditiva, comportamento
difícil, pois o mesmo, em casa, no seio familiar não respeita os limites impostos
pelo pai, o que termina, na maioria das vezes em castigos físicos. Ainda
falando sobre a família foi percebido o sentimento de carência pela falta que o
pai causa e a baixa autoestima, o aluno diz que ninguém gosta dele, que ninguém
quer brincar com ele, que ele é muito feio porque usa óculos e que seu nome
significa morte. Perguntamos quem tinha falado isso para ele e o mesmo falou
que foram seus pais e que ele ouviu na igreja na qual costuma frequentar aos
domingos. Nós falamos para ele que seu nome é bíblico e tem um significado
muito grande, que representa o ‘’tirado das águas’’ e que o homem que tinha
esse nome foi responsável pela libertação de um povo que vivia como escravo. No
final ele olhou para nós e disse que era mentira. Para finalizar o estágio
fizemos tarefas para que o aluno continuasse a sequência de cores e depois a
dos numerais. A tarefa sobre as cores ele concluiu, porém, a sequência dos
numerais ele não quis terminar.
CONCLUSÃO
Considerando
o relevante papel desempenhado pelos professores e psicopedagogos e o
comportamento dos alunos da Escola Municipal Humberto de Alencar Castelo
Branco, que resolvemos estudar o Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade (TDAH). Foi possível verificar como é maravilhoso fazer
um estudo mais profundo sobre o comportamento das nossas crianças, seus
problemas, suas dúvidas, seus sonhos e seus medos, podendo assim, intervir de modo que os alunos
fossem estimulados para superar suas dificuldades e devolvendo a sua
autoestima.
Observando
o comportamento de uma turma de 1º ano do Ensino Fundamental foi possível
identificar uma criança que, possivelmente, teria esse transtorno, por
apresentar vários sintomas que dificultam a sua aprendizagem.
Sabemos
que crianças que tem esse transtorno possuem características típicas que
precisam ser acompanhadas por especialistas no assunto e necessitam dos
responsáveis uma posição diferente no que diz respeito a sua rotina familiar. É de fundamental
importância que a criança seja inserida num ambiente aconchegante, amoroso, com
respeito a sua individualidade e a sua aprendizagem, ou seja, num ambiente
emocionalmente saudável, pois sabemos que cada criança tem um tempo para
aprender.
É
possível observar que o processo de crescimento da criança é um pouco difícil e
que os obstáculos a serem vencidos são inúmeros, porém, é no ambiente escolar/
familiar que oferecerá a segurança necessária ao seu desenvolvimento cognitivo.
Sendo o
TDAH um Transtorno que invade a vida da criança, impondo-lhe suas regras, é
preciso pensar que ele é causador de muitas dores, pois a criança não vai ficar
feliz ao deixar de realizar suas tarefas escolares, nem se sentirá bem ao ser
interrogado e no final perceber que não acompanhou seus colegas em relação a
aprendizagem. A impulsividade, a falta de atenção, a inquietação prejudicam não
só a aprendizagem, como também, as relações entre os colegas.
Muitos
estudos foram realizados sobre TDAH e o que se sabe é que para este transtorno
ainda não há cura. Felizmente o tratamento com a devida medicação tem surtido
um grande efeito. É necessário que a criança seja estimulada a realizar suas
tarefas, que seus responsáveis tenham mais carinho para com sua doença e que
seus professores tenham um olhar diferenciado e que a criança não seja mais uma
entre tantas.
Que
possamos, antes de qualquer coisa e independente da situação, sermos
educadores.
.
.REFERÊNCIAS:
FERNÁNDEZ. A. A
inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e da
família.Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
MOOJEN, S. Dificuldades ou
transtornos de aprendizagem? In: Rubinstein, E. (Org.). Psicopedagoga: uma
prática, diferentes estilos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.
PAIN,S. Diagnóstco e Tratamento e os Problemas de Aprendizagem.
Porto Alegre: Artmed, 1985.reimp.2008.
WEISS, Maria L.
Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem
escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
ANEXOS
1º SESSÃO: DIA 29 DE
OUTUBRO DE 2014
1. DADOS
DA CRIANÇA
:
Nome:MSS
Idade: 7 ANOS
Local e data de nascimento:
Residência: Própria ( x ) Alugada( )
Nome:MSS
Idade: 7 ANOS
Local e data de nascimento:
Residência: Própria ( x ) Alugada( )
2. DADOS DOS FAMILIARES:
Nome do pai:
Grau de instrução:
Profissão:
Idade: Naturalidade:
Nome da Mãe:
Grau de instrução:
Profissão:
Idade: Naturalidade:
*OUTROS FILHOS:
Sim
( X ) não (
)
3. QUEIXA INICIAL:
3. QUEIXA INICIAL:
- Você acha que o paciente apresenta alguma dificuldade para aprender
na escola? Qual__________________________________________________
- Desde quando percebeu esse problema? ____________________________
- Já procuraram especialistas? Quais? Não
- O paciente está fazendo algum tipo de tratamento médico?
( )psicólogo ( ) Psiquiatra ( )Neurologista ( ) Pediatra ( x ) Não ( ) outros, quais?
4. GESTAÇÃO:
- Quais as condições de saúde da mãe durante a gravidez? Boas
- Levou alguma queda ou susto forte? Não
- Quais as condições emocionais da mãe durante a gravidez? Era normal
- O paciente nasceu com quantos meses? Com 9 meses
- Com quantos quilos? 3.200
- Comprimento ao nascer? 49 cm
- Qual tipo de parto? ( x )
Normal ( ) Cesariana
- Teve algum problema após o pato? Qual? Não
5. SAÚDE:
- A criança sofreu algum acidente? Qual? ( ) sim (
x ) não
- Submeteu-se a alguma cirurgia? Qual? ( ) sim (
x ) não
- Possui alergias? ( ) sim ( x ) não
- Tem bronquite ou asma? ( )
sim ( x ) não
- Apresenta problema de visão? Qual? ( x ) sim, miopia (
) não
- Apresenta algum problema de audição? Qual? ( ) sim (
x ) não
- Apresenta dor de cabeça? (
) sim ( x ) não
- Já desmaiou alguma vez? ( )
sim ( x ) não
- Quando?
- Como foi?
- Teve ou tem convulsões? ( )
sim ( x ) não
- Alguém da família apresenta algum problema de:
( ) desmaios ( ) convulsões ( x ) ataques - Quem? A avó materna
6. ALIMENTAÇÃO:
- O paciente foi amamentado? (
x ) sim ( ) não
- Até quando? Até um ano
- Alimenta-se bem? Como é seu apetite? Ele gosta de comer muita ‘’besteira’’
7. SONO:
·
Possui
sono: ( )tranquilo ( )inquieto ( x )agitado ( )refere pesadelos
( ) Acorda varias vezes.
( ) Acorda varias vezes.
- Qual o horário de dormir? Depois da novela das 7.
- Dorme sozinho ou com alguém? Sozinho_
8. DESENVOLVIMENTO:
·
Andou com
que idade? 11 meses
·
Deixou de
usar fraldas com que idade? 2 anos
·
É lento
para realizar alguma atividade? Qual? Só é lento quando quer.
·
Como é o
relacionamento da criança com os pais?
( ) tranquila ( x ) agressiva ( )amorosa ( )muito quieta ( ) fechada ( )passiva
( x )medrosa ( )desligada.
( ) tranquila ( x ) agressiva ( )amorosa ( )muito quieta ( ) fechada ( )passiva
( x )medrosa ( )desligada.
·
Quais as
medidas usadas para disciplinar o paciente? Às vezes ele fica de castigo e
quando isso não resolve aí a ‘’gente’’ bate nele.
·
Como
reage quando é contrariado? Ele não gosta, fica muito irritado, grita, chora...
·
Quais as
atividades preferidas? Brincar de bola e pega-pega
·
:O
paciente gosta de ir à escola? ( ) sim
( x ) não
·
Já
repetiu a série alguma vez? ( ) sim ( x ) não
·
Qual ou quais?
·
Gosta de
estudar? ( )sim ( x
) não
·
Tem
horário para estudar? ( )sim ( x )não. Qual?
·
Os pais
ajudam o paciente nas atividades escolares? (
)sim ( x ) não
2º SESSÃO: DIA 05 DE NOVEMBRO DE 2014 COM A
PROFESSORA GIRLENE
FICHA DE ACOMPANHAMENTO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Para cada item, escolha a coluna que melhor descreve o aluno. Marque um X: |
|||
ANAMNESE
REALIZADA COM A PROFESSORA
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Nem um Pouco
|
Só um pouco
|
Bastante
|
1. Não
consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos
trabalhos da escola ou nas tarefas.
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|
X
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2. Tem
dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer.
|
|
|
X
|
3.
Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele(a).
|
|
X
|
|
4. Não segue
instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou obrigações.
|
|
|
X
|
5. Tem
dificuldade para organizar tarefas e atividades.
|
|
|
X
|
6.
Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço
mental prolongado.
|
|
|
X
|
7.
Perde coisas necessárias para atividades (por exemplo: brinquedos, deveres da
escola, lápis ou livros).
|
|
|
X
|
8.
Distrai-se com estímulos externos.
|
|
|
X
|
9.
Mostra-se esquecido(a) em atividades do dia-a-dia.
|
|
|
X
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10.
Mexe com as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira.
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|
|
X
|
11. Sai
do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique
sentado.
|
|
|
X
|
12.
Corre de um lado para outro ou sobe demais nas coisas, em situações em que isso
é inapropriado.
|
|
|
X
|
13. Tem
dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma.
|
|
|
X
|
14. Não
para ou frequentemente está a “mil por hora”.
|
|
|
X
|
15.
Fala em excesso.
|
|
|
X
|
16.
Responde às perguntas de forma precipitada antes delas terem sido terminadas.
|
|
|
X
|
17. Tem
dificuldade de esperar sua vez.
|
|
|
X
|
18.
Interrompe os outros ou se intromete (por exemplo: mete-se em
conversas/jogos).
|
|
|
X
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Como avaliar:
1) Se existem pelo menos seis itens marcados como bastante ou demais de 1 a 9, existem mais sintomas de desatenção que o esperado numa criança ou num adolescente. 2) Se existem pelo menos seis itens marcados como bastante ou demais de 10 a 18, existem mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que o esperado numa criança ou num adolescente. O questionário SNAP-IV é útil para avaliar apenas o primeiro dos critérios (Critério A) para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios que também são necessários. |
Importante: Não se pode fazer o diagnóstico de TDAH apenas
com o Critério A! Use também os demais critérios, abaixo relacionados.
Critério A: Sintomas (vistos acima). Critério B: Alguns desses sintomas devem estar presentes antes dos sete anos de idade. Critério C: Existem problemas causados pelos sintomas acima em pelo menos dois contextos diferentes (por exemplo: na escola, no trabalho, na vida social e em casa). Critério D: Há problemas evidentes na vida escolar, social ou familiar por conta dos sintomas. Critério E: Se existe um outro problema (tal como depressão, deficiência mental, psicose, etc.), os sintomas não podem ser atribuídos exclusivamente ao TDAH. |
2º SESSÃO: DIA 05
DE NOVEMBRO DE 2014
ENTREVISTA
COM A PROFESSORA DO 1º ANO
NOME: MARIA
GIRLENE ALMEIDA SOARES
1.
EM QUE VOCÊ É GRADUADA? SE SIM, HÁ QUANTO TEMPO?
Estou cursando o 4º período
de Pedagogia.
2.
VOCÊ TEM ALGUMA ESPECIALIZAÇÃO? EM QUE ÁREA?
Não.
3.
HÁ QUANTO TEMPO LECIONA?
Há 8 anos.
4.
HÁ QUANTO TEMPO TRABALHA NESTA ESCOLA?
Há 8 anos.
5.
O QUE VOCÊ ENTENDE POR TDAH?
É uma doença que deixa a
criança inquieta, com pouca atenção, com dificuldade de relacionamento com os
demais, o que termina prejudicando sua aprendizagem.
6.
HÁ QUANTO TEMPO TRABALHA COM CRIANÇA COM TDAH?
Há três anos.
7.
VOCÊ JÁ CONHECIA ESSE TIPO DE TRANSTORNO ANTES DE TRABALHAR COM ESTE ALUNO?
Eu sabia que existia este
transtorno, mas não sabia identificar e desconhecia as causas.
8.
COMO VOCÊ IDENTIFICOU QUE ESTE ALUNO TEM TDAH?
A partir de um trabalho
feito na faculdade.
9.
ELE TEM DIAGNÓSTICO?
Que eu saiba não.
10.
SE SIM, ESTE DIAGNÓSTICO FOI REALIZADO POR INTERMÉDIO DA ESCOLA OU DA FAMÍLIA?
11.
VOCÊ TEM CONTATO COM OUTROS PROFISSIONAIS QUE ACOMPANHAM A CRIANÇA?
Não.
12.
VOCÊ RECEBEU ALGUMA FORMAÇÃO PARA TRABALHAR COM CRIANÇAS COM NECESSIDADES
EDUCACIONAIS?
Fui convidada para
participar de uma formação pois na minha turma tinha uma criança com
necessidades educacionais,porém o aluno foi transferido e eu não precisei
participar.
13.
HOJE VOCÊ RECEBE ALGUMA ORIENTAÇÃO QUE LHE AUXILIE NO SEU TRABALHO COM ESSE
ALUNO?
Não.
14.
HÁ ALGUMA DISCUSSÃO NOS CONSELHOS DE CLASSE SOBRE ESSA QUESTÃO? QUAL É A
FREQUÊNCIA DOS CONSELHOS?
Não, nenhuma.
15.
QUAL É A SUA MAIOR DIFICULDADE NO COTIDIANO COM UM ALUNO COM TDAH?
Realizar os trabalhos com
este aluno e obter um resultado satisfatório se torna difícil por falta de
auxílio.
16.
A PRESENÇA DE UM ALUNO COM TDAH MUDOU O SEU PLANEJAMENTO OU A SUA PRÁTICA
PEDAGÓGICA? COMO?
Mudou muito, hoje eu preciso
fazer mais pesquisas, para realizar um trabalho diferenciado, voltando a
atenção para o aluno..
17.
VOCÊ TEM CONTATO COM OS PAIS DESTE ALUNO?
Sim, mas bem menos do que eu
gostaria.
18.
ESSE CONTATO INTERFERE NA ORGANIZAÇÃO DE SUA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA PARA COM O
ALUNO?
Interfere muito de forma negativa.
Os pais não ajudam as crianças na realização das tarefas de casa.
19.
A PREFEITURA TEM ALGUM PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA QUE AUXILIE NO
ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS?
Não.
20.
COMO É A AVALIAÇÃO DO ALUNO COM TDAH NO COTIDIANO DA SALA DE AULA?
O aluno MSS tem um péssimo
comportamento, porém na aprendizagem ele está evoluindo aos poucos e eu procuro
sempre que possível, estimular a sua autoestima.
3ª
Sessão- Dia 12 de novembro de 2014
4ª Sessão Dia 19 de novembro de 2014
5ª Sessão Dia 26 de novembro de 2014
6º SESSÃO: DIA 03 DE DEZEEMBRO DE 2014
VISITA
DA PROFESSORA FÁTIMA DURANTE O ESTÁGIO
JOSEFA DURANTE O
ESTÁGIO LUCIANA DURANTE O ESTÁGIO
7ª Sessão Dia 10 de dezembro de 2014
SALA DE LEITURA
JOGOS PEDAGÓGICOS JOGO DA MEMÓRIA
FORMANDO PALAVRAS COM O TROCA
LETRAS
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